terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

PARABÉNS AO TERROR DO NORDESTE: 95 ANOS DO SANTA CRUZ FUTEBOL CLUBE


Para evitar está falando, óbvio... segue um presente para a torcida Tricolor.

http://br.youtube.com/watch?v=qPsIgoYkL3w&feature=related

BAIRROS DO RECIFE: CASA AMARELA


Segundo o historiador Pereira da Costa, a mais antiga referência que se encontra sobre a origem da povoação do Arraial, antigo nome do local, é de 1630, quando o general Matias de Albuquerque levantou o forte real do Bom Jesus para proteger o "interior" de Pernambuco contra os holandeses.
Ao redor da fortaleza formou-se um povoado onde acampou todo o exército e a população de Olinda e do Recife que havia abandonado suas casas por ocasião da invasão holandesa.
Esse Arraial, o Velho do Bom Jesus (atual Sítio da Trindade), é o núcleo mais antigo de Casa Amarela.
Uma multidão de vendedores de mantimentos estabeleceu-se na localidade, mas uma enchente do Capibaribe, no final de 1631, causou grandes prejuízos aos comerciantes, inutilizando mercadorias e derrubando muitas casas.
Houve também vários ataques dos holandeses ao forte até que, em 1635, deu-se a sua rendição devido à falta de alimentação e de material bélico para combater o inimigo.
Depois da rendição, muitos dos moradores voltaram ao Arraial, restauraram as casas destruídas, construíram outras, surgindo assim a chamada Povoação do Arraial Velho. Essa povoação regular teve origem no final do século XVIII, com a extinção dos engenhos Monteiro e Casa Forte e a divisão de suas terras em diversos sítios.
Só muito depois a localidade passou a ser chamada de Casa Amarela. O nome se deve, segundo a tradição, a uma casa sempre pintada de amarelo que existia próximo ao terminal da estrada de ferro e que servia de referência na região.
Já a ocupação dos vários morros que integraram o bairro se deu a partir do início do século XX, através do aluguel de chão (aforamento) feito por famílias que eram grandes proprietárias de terras naquela região.
O bairro de Casa Amarela destaca-se por vários movimentos de resistência de esquerda durante o século 20, a luta por moradia, pela posse do solo, e por melhores condições de vida fez parte da constituição político-social deste bairro. Entre as décadas de 1970/80, essa luta pelas terras teve à frente o movimento denominado Terra de Ninguém. Não foi à toa que extirparam seus rebentos dos seus seios: O Alto José Do Pinho, o Morro da Conceição e o Alto José Bonifácio.
Casa Amarela já foi uma das localidades de maior densidade demográfica do Recife, porém, a partir de 1988, através da Lei municipal 14.452, que redefiniu as coordenadas geográficas e criou os atuais 94 bairros da cidade, o bairro perdeu as suas áreas de morro, com exceção do Alto Santa Isabel.
O bairro já possuiu dois cinemas o Rivoli e o Albatroz e uma feira livre bem maior que a de hoje, estendendo-se até a Estrada do Arraial.
A estrutura metálica do seu mercado público, um dos maiores e mais freqüentados da cidade, e foi montada por lá no início dos anos 30. do Séc XX.

DADOS ESTATÍSTICOS:
População: 25.543 habitantes Área: 185,0 hectares Densidade: 138,04 hab./ha

Fontes:
- FUNDAJ – Arquivos digitais disponíveis no sítio – www.fundaj.br
- ALVES, Cleide. Casa Amarela. Jornal do Commercio, Recife, 16 fev. 2000. Cidades. p. 7.
- PEREIRA DA COSTA, Francisco Augusto. Arredores do Recife. 2. ed. autônoma. Apresentação e organização de Leonardo Dantas Silva. Recife: Fundaj, Ed. Massangana, 2001. p. 34-39.
- MONTE, HENRIQUE. Formação Econômico-Social da Zona Norte do Recife. UFPE - 2003 p. 6-7
- IBGE –CENSO 2000


NOTAS DO JOSÉ:

Lá viveu até o início do novo século 20 uma viúva, genitora do genitor do meu principal contato com o mundo recifense, meu alter-ego. Por lá também nasceu e foi criado um famoso personagem das lendas urbanas do Recife , “a velha” depois de circular pelo Rio de Janeiro e lá abandonar uma criança mudou-se para Casa Forte. E hoje assombra terras de além-mar travestido de “Fafá de Belém”.
Para não dizer que não falei das flores, fazer feira no Mercado e, na feira, de Casa Amarela é mais que por compras nas sacolas. É chegar cedo para comprar frutas, verduras e queijos frescos, castanha quentinha. E depois tomar um café da manhã no capricho, segundo um tal de Zé Gomes, tem um segredo para ser bem servido a senha é, pedir “no capricho”(cuscuz, queijo de coalho, charque, um bom molho de guisado e refresco de cajá bem gelado) para aí sim embarcar na cerva “cú de foca”, na caninha acompanhados pela galinha seja assada ou de cabidela.
PS.: Não esqueçam de pedir para guardar na geladeira o queijo.