terça-feira, 6 de novembro de 2007

Todos e Todas ao Arrudão!!!


Tricolor que se preza tem que ir ao Arrudão.
1º Para deixar claro que o Santa não pertence a Presidente nem a ex-presidente.
2º A atual situação do santinha não é algo conjuntural, faz parte de uma estrutura futebolística carcomida e ultrapassada. Portanto a culpa não é só do atual presidente e diretoria estes são co-participes de um problema que se arrasta a várias gestões.
3°A torcida não pode embarcar nessa de que o anterior é melhor e não tem culpa pelo rebaixamento, caso ele ocorra.
4° porque a maior torcida de Penambuco tem que tomar conta do Arruda, não apenas em dia de jogos. Quando entoam "o Arruda é nosso" tem que ser um recado para os outros times e para a diretoria do Santa. A torcida do Santa deve tomar os destinos do Santa em suas mãos.
5° O torcedor deseja manter no time na segunda, reestruturar a sua concepção de clube futebolistico e só no futuro um pouco distante pensar em voltar para a 1ª divisão.

PORTANTO TODOS E TODAS AO ARRUDA.

Duas Faces da mesma moeda. Entre o Caveirão e o Narcotráfico

Duas Faces da mesma moeda. Entre o Caveirão e o Narcotráfico.Por Henrique Monte, 09.10.2007

Não foi a toa que não vi ainda o tão falado “Tropa de Elite”, primeiro porque soube que existem versões não acabadas, cortes mal feitos, etc...
Outro motivo é porque gosto de ver as mais diversas reações dos que vêem este tipo de filme, para depois assisti-lo, impregnado das impressões e sentimentos, do que cada um disse ou sentiu sobre o filme.
Interessante é que o filme trata da tropa de “elite”, neste caso o nome elite oriundo do francês ”élite” deveria significar o que há de melhor numa sociedade ou num grupo, estando assim carregado de subjetividade.
Para uns, realmente, o melhor que a polícia deveria fazer por nós, seria impor à periferia das cidades - recheada de jovens sem acesso a educação, saúde, emprego, perspectiva alguma e com um esperto batendo a sua porta, oferecendo trinta moedas para levá-lo ao narcotráfico – a morte, o espancamento, a humilhação.
O Dinheiro do narcotráfico, para estes jovens, é o Ouro de Tolo, é a moeda que ele acha que vai comprar os tênis, celulares, armas, games, roupas e outras coisas, jogadas a sua cara todo dia, e que suas vidas comuns jamais vai lhes oferecer. Assim estes jovens caem nas mãos dos gerenciadores do pó, e posteriormente nas garras dos capitães Nascimento.
Por outro lado a palavra “Elite” também significa “A Flor”, mas esta flor tem bala e cacetete que dói, e dói muito. Para estes que sofrem a pressão do narcotráfico e das balas da Polícia da Elite, o filme, que eu ainda não vi, pode traduzir o abuso revelado, a arbitrariedade escarrada, e a lembrança da dor e cicatrizes escarnecidas. Para estes o “Capitão Nascimento” é símbolo de medo, covardia e revolta. E não tem nada de Flor.
Destaque para a classe média, que tão clamorosa pelo cumprimento das leis não se indigna com o fato do personagem ser um fora da lei, ou agir sem legitimidade, porém com a concessão do Estado. Pouco importa se o personagem viola o Código Penal todas as vezes que entra na viatura para fazer uma ronda? Se ele desce com um fuzil na mão, se ele derruba uma porta, se ele ameaça empalar o suspeito? Afinal na favela não se pode atuar de outro jeito?!? O mais importante é que ele vai lá e mata os bandidos. Lá mesmo na favela, longe do asfalto, longe das nossas vistas. Nascimento e os outros policiais do longa existem porque na sociedade, a ideologia dominante paira sobre a classe média, e estes se sentem um pouco eles também.
Para o “status quo” burguês não tem nada melhor do que este ciclo. Você tem a acumulação desde o contrabando e venda de armas, o próprio tráfico, passando pelo descarte de vidas que “não interessam” à sociedade, são peças facilmente substituídas. E com um detalhe cruel, esta situação toda operada por iguais, sim porque a perversão covarde da burguesia também está no fato de arregimentar pobres para atuar contra seus irmãos.
Mas esquecem estes que na periferia das cidades gente de carne e osso, organiza-se, rebela-se e subverte seja a ordem do narcotráfico seja a ordem da burguesia. Anchos de suas verdades e vontades políticas estão combatendo os Nascimentos do Estado e do Narcotráfico.

Estudantes ocupam reitoria em defesa da soberania do país

UNIVERSIDADE 02/11/2007 15:00
Estudantes ocupam reitoria em defesa da soberania do país
Por Edílson Silva
Adam Smith, pensador escocês do século 18, em sua principal obra, "A origem da riqueza das nações", cravou um ponto de inflexão no processo de construção do pensamento econômico.
Ali ele apresentava ao mundo, entre outras famosas teses, como a *Teoria da Mão Invisível*, a sua *Teoria do Valor Trabalho*. Smith assim explicava por que as teses mercantilistas foram um desastre econômico e político. Ao mesmo tempo enterrava as teorias da jovem e bem intencionada "Escola Fisiocrata", então baseada na França.
A Teoria do Valor Trabalho seria mais tarde aprimorada por outro brilhante economista inglês, David Ricardo. Mais adiante, Karl Marx, já na primeira metade do século 19, construiria sua crítica ao Capital a partir das descobertas de Smith e Ricardo no campo econômico, "fundindo-as" com o melhor da filosofia alemã e do pensamento socialista francês.
Em tempos de altíssimo desenvolvimento das forças produtivas, do uso de avançadas tecnologias no processo de produção de mercadorias, a Teoria do Valor Trabalho de Smith, tão caras para Ricardo e Marx, passa por questionamentos profundos no meio intelectual e acadêmico.
Há quem defenda que esta teoria perdeu sua utilidade, pois o valor das mercadorias se explicaria agora a partir da "quantidade" de informação e conhecimento concentrados nelas.
Se Smith, Ricardo e Marx pudessem dar um palpite nesta polêmica, creio que diriam que a riqueza oriunda da informação e do conhecimento não pode originar-se de uma balança comercial positiva na transação de patentes, nem tão pouco brotaria da terra, como poderiam supor os mercantilistas e fisiocratas, respectivamente.
Essa riqueza, do ponto de vista da busca de uma teoria do valor, também pode ser decomposta em trabalho humano.
Um trabalho, antes de mais nada, intelectual, e cuja mensuração exige o aprofundamento dos conceitos "puros" de *Valor de Troca* e *Valor de Uso*das mercadorias, presentes nas teorias de Ricardo e de Marx.
Contudo, apesar da complexidade, trata-se indiscutivelmente de trabalho humano. Portanto, é bastante razoável se pensar que a "origem da riqueza das nações" ainda vem da sua capacidade de incorporar trabalho humano ao processo de produção de bens e serviços necessários à nossa complexa e diversa civilização.
Podemos concluir também que se um dia, lá nos tempos de Smith e Marx, informação e conhecimento já eram determinantes, nos dias atuais, quando informação e conhecimento são ingredientes ainda mais indispensáveis na determinação da riqueza de uma nação, o domínio das ciências e técnicas de produção de bens e serviços tornou-se ainda mais estratégico.
Fiz esta breve introdução para criticar o programa REUNI do governo Lula, pois entendo que este dá mais um passo no desembarque da universidade brasileira dos padrões de qualidade necessários para a consolidação de centros avançados de estudo, pesquisa e extensão, sem os quais o Brasil se distancia de sua plena capacidade de gerar conhecimento próprio, ou do mínimo de protagonismo no processo de construção multinacional de conhecimento.
A dependência científica torna o Brasil um dependente crônico de outras nações, principalmente as potências capitalistas, que não abrem mão de sua capacidade de gerar novos conhecimentos, e usam sua superioridade para submeter econômica e politicamente as demais nações.
O REUNI tenta impor às universidades federais uma lógica de mercado e de submissão às nações mais avançadas no terreno da ciência e da tecnologia.
Abre-se mão da qualidade em nome da mensuração de diplomas entregues. Quanto mais diplomas, mais dinheiro, na melhor das hipóteses 20% a mais que as verbas já recebidas pela instituição que aderir ao programa.
Esta lógica já foi aplicada no ensino fundamental no Brasil. O resultado mais visível foram alunos chegando à 4ª série fundamental sem saber ler e escrever.
No REUNI o aumento do número de alunos por professor torna-se uma meta. A lógica é sufocar a universidade na sua missão de pesquisar, com o "nobre" e sutil argumento de que "Professor é para estar em sala de aula, repassando conhecimento!".
Qualquer semelhança com documentos publicados pelo Banco Mundial, afirmando que países como o Brasil não precisam de universidades que formem massa crítica e muito menos conhecimento não é mera coincidência.
Para o Banco Mundial, países como Brasil e Gana não podem e nem precisam "gastar" com produção de conhecimento. Estes "gastos" já são feitos pelas nações mais ricas, como os Estados Unidos, Japão e Alemanha, e caberia a países como Brasil e Gana apenas construir instituições de ensino que repassem estes conhecimentos para seus alunos.
As universidade públicas federias, assim como as públicas estaduais, precisam ampliar suas vagas, abrigar mais e melhor os estudantes trabalhadores, com mais e melhores cursos noturnos, por exemplo.
Porém, esta busca não pode acontecer em detrimento da qualidade e do papel estratégico da universidade na consolidação da soberania e da independência do nosso país.
No momento em que escrevo este artigo há centenas de estudantes revezando-se numa heróica ocupação das dependências físicas da reitoria da UFPE, mobilizados contra a decisão de parte do Conselho Universitário em aprovar o ingresso da UFPE no REUNI.
Os estudantes querem a realização de um plebiscito na comunidade universitária para decidir se aceitam ou não este programa. Assim como em Pernambuco, outras 16 universidades federais encontram-se com suas reitorias ocupadas pelos mesmos motivos.
Os estudantes sabem o que está em jogo. Não se trata de uma luta política pontual, contra um Reitor, contra um governo, ou contra um programa governamental. Trata-se de uma luta com dimensão estratégica, que não pode ser apenas dos estudantes, mas de toda a comunidade universitária e toda a sociedade brasileira.
Os alunos lutam por uma nação soberana e independente, e merecem toda nossa solidariedade e apoio.
PS: Edilson Silva é presidente do PSOL/PE, escreve às sextas para o Blog de Jamildo

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

E assim se faz um Calvário

Sábado tem mais sofrimento no Arruda, o Santa Cruz segue sua sina este ano. Mas a torcida coral não deve abandonar seu clube. basta lembrar do ano de 95 e a vitória suada com um gol de cabeça de RAU - zagueirão que entrou para livrar o santa da terceira de divisão. Quem será a cabecinha santa esse ano.

Comunicado a Comunidade acadêmica da UFPE

Tendo em vista a impossibilidade de um diálogo construtivo com o magnífico Reitor Amaro Lins, em assembléia geral, os estudantes do movimento de ocupação da reitoria optaram por fechar o acesso à Reitoria a fim de forçar uma negociação com as estâncias máximas de representação da Universidade. Insistimos que o Reuni deve ser discutido com todos da UFPE - estudantes, professores e servidores - e a organização de um plebiscito é a forma mais democrática de se realizar tal processo. Não vamos permitir que um Conselho Universitário, organizado em condições que fogem as regras tratadas em estatuto, delibere autoritariamente sem nem mesmo informar adequadamente a comunidade acadêmica.O Movimento de ocupação da reitoria é um movimento pacífico, na sua maioria formado por estudantes e com apoio de várias instituições, professores e servidores. É pacificamente que estamos reivindicando os nossos direitos estabelecidos pelo estatuto da Universidade. É grande o nosso temor que mais uma vez medidas violentas e drásticas sejam tomadas contra o nosso movimento, por isso pedimos atenção a todas as instâncias representativas entre elas os meios de comunicação para dizer que estaremos abertos ao diálogoAté a revogação do Conselho Universitário realizado de forma escusa no dia 26 de outubro e implementação de um plebiscito que contemple toda a comunidade acadêmica sobre a aceitação ou não aceitação do REUNI, o prédio da Reitoria da Universidade Federal de Pernambuco permanecerá trancado.Comissão de comunicação da reitoria ocupada da UFPE.
Extraido do Blog da Ocupação da UFPE